Há uns dias atrás eu estava a ver o meu website e notei que tinha feito um capitulo dedicado ao casamento das nossas dias filhas e não havia nem um uma palavra ou foto do nosso casamento em todo o site!!! Este capitulo vai remediar isso.
Nós casámos em Nova Lisboa, agora Huambo, Angola no dia 5 de Fevereiro de 1972 e depois de um namoro de mais de três anos finalmente decidimo-nos casar. Eu tinha feito 23 anos e a Filomena tinha 21.
Desde 1961 Angola estava em guerra e todos os homens no ano em que fizessem 21 anos tinham de ir para a tropa. O serviço obrigatório durava 4 anos dos quais dois em zona operacional. Eu já tinha completado os meus estudos e portanto fui incorporado no curso de oficiais. Porém mesmo como oficial o ordenado era uma miséria.
Nós já andávamos a planear o nosso futuro e a prespectiva de ter de esperar mais 4 anos não era muito agradável. Tinhamos de arranjar um plano melhor… e o plano era:
Mavinga, one nós viviamos, estava numa zona operacional e não havia muita gente a querer ir para lá. Porém se eu conseguisse fazer os meus dois anos de zona operacional em Mavinga a Filomena podia viver com os meus em nossa casa, sem gastar muito dinheiro e portanto economizar o suficiente para termos uma bom começo de vida.
Eu esforcei-me muito na recruta e acabei no topo da minha incorporação. De acordo com o sistema usado para atribuir as colocações dos oficiais eu fui o primeiro a escolher de uma lista de vagas e seleccionei Sá da Bandeira, a sede da companhia estacionada em Mavinga. Logo que cheguei a Sé da Bandeira ofereci-me como voluntário para Mavinga e não tive problemas em ser colocado lá.
Com o nosso plano para o futuro a seguir um bom caminho, casámos começando uma jornada que ainda continua hoje.
A nossa preferência seria para um casamento simples, mas não conseguimos convencer a mãe da Filomena… “a minha filha mais velha tem de ter uma casamento em condições”.
Dadas as minhas obrigações militares não consegui férias para a Lua de Mel e portanto casámo-nos no Sábado e na Segunda Feira já estava de volta ao quartel em Sá da Bandeira.
Tivemos um casamento relativamente grande com os nossos familiares e amigos mais chegados atendendo a cerimónia e o copo de água. Naqueles tempos não havia Companhias a organizar casamentos e portanto toda a comida e organização foi feita familia da Foilomena em especial a mãe dela. Os meus pais vieram de Mavinga e outros familiares de Luanda, Silva Porto, Lobito e Nova Lisboa juntaram-se todos para comemorar esta data tão especial.
O Padre Abel, nosso professor da escola secundária celebrou o casamento na Sé Catedral do Huambo. O nosso grande amigo Patalão organizou o carro que nos levou da igreja para o copo de água e como podem ver nas fotos um carro especial. À medida que o cortejo circulava pelas ruas da cidade a caminho do copo de água as pessoas acenavam encantadas com o espectáculo do carro e claro dos noivos.
A cerimónia e recepção tornaram esse dia inesquecível mas no dia seguinte tivemos de deixar Nova Lisboa e viajar de carro para Sá da Bandeira uns 450 km para sul.
Daquele dia memorável as unicas recordações, e as nossas memórias claro, foi um album de fotos que trouxemos connosco quando abandonámos Angola. Com as fotos desse album construi este capitulo do meu website para partilhar convosco essas memórias.
One of these days I was having a look at our website and realised that I had made a section for both weddings of our daughters and there was not even a word or picture about our wedding in the entire site!!! This section will fix that.
Our wedding took place in Nova Lisboa, now Huambo, Angola on 5th of February 1972 and after “flirting” for more than three years we finally took the plunge and got married. I just had my 23rd birthday and Filomena 21.
Since 1961 there was a war going on in Angola and all males were conscripted into the army when they reached 21. The compulsory service lasted for 4 years and two of them in the front. I had already completed my studies and would enlist as an officer. However even an officer’s pay was nothing to sing about.
We were already planning our future together and the perspective of having to wait another 4 years was not very enticing. We had to come up with a better plan…and the plan was:
Mavinga, where we lived, was a war zone and not many people want to go there. However if I could serve my two years of service at the front in Mavinga, Filomena could live with my parents at our house, have practically no expenses and save enough to give us a good start in life.
I worked hard during the recruit and finish at the top of my intake. According to the system used to place the officers I was the first to choose from a list of available positions and selected Sá da Bandeira, the headquarters of the company stationed in Mavinga. As soon as I arrived in Sá da Bandeira I volunteered to go to Mavinga and had no problems in getting posted there.With our plan for the future taking shape as planned we married and started the journey that lasted till today.
Our preference was for a simple wedding but we could not convince Filomena’s mother... her eldest daughter had to have a proper wedding.
Due to my military obligations I was not able to get time off for the honeymoon and we married on Saturday in Nova Lisboa and on Monday I was back at the barracks in Sá da Bandeira.
We had a reasonably large wedding with our close relatives and friends attending the ceremony and reception. In those days there was no Wedding Planers and all the food and preparations were carried out by Filomena’s family, her mother in particular. My parents came all the way from Mavinga and relatives from Luanda, Silva Porto, Lobito and Nova Lisboa joined us to celebrate our special day.
We were married by our high school teacher, Padre Abel in the Sé Catedral do Huambo. Our good friend Patalão organised the car that took us from the church to the Reception and you can see from the photos what a gem it was. It turned the heads of everyone in the streets where the procession to the Reception passed by.
We had a great day at the ceremony and the reception and next day we left Nova Lisboa and travelled by car to Sá de Bandeira some 450 km south.
From that memorable day the only mementos, excluding our memories of course, were a photo album that we brought with us when we fled Angola. With the photos from this album I made this section of our website to share it with you.
www.Nhamalanda.com by Fernando Costa